terça-feira, 27 de setembro de 2011

RESENHA REFERENTE AO TEXTO 2

Fonte: Leandro Cardoso- Transporte Alternativo: Riscos e possibilidades – reflexões sobre o caso de Belo Horizonte; Fevereiro de 2003.

Neste texto, Cardoso aborda o tema do transporte público alternativo em Belo Horizonte. Ele diz que o problema dos veículos irregulares nos faz voltar no tempo e relembrar das “peruas”, que, mesmo irregulares, agilizavam a nossa volta para a casa ou qualquer outro trajeto, sem depender de ônibus lotados e passageiros mal educados.
A questão é a ilegalidade desses meios, que foram proibidos por meio de liminar. Desde então, implantou-se o Serviço Público de Transporte Coletivo Suplementar de Passageiros (STSP). Esse serviço refere-se aos ônibus suplementares, cuja deficiência também já está visível, pois os micro-ônibus só andam cheios, e a quantidade de veículos é escassa, assim como os coletivos que circulam em Belo Horizonte. Além do mais, os motoristas não cumprem os horários, e a população não tem sido atendida em suas reclamações, pois, com a regulamentação do serviço pela BHTRANS, isso sobrecarregou as demandas deste órgão.
As peruas eram um meio eficaz para os passageiros, mesmo com sua ilegalidade! Mas como a BHTRANS não arrecada com a regulamentação desse meio de transporte, nós, passageiros ficamos reféns de um sistema de transporte público de péssima qualidade.
Assim, entendemos que os veículos suplementares poderiam ser como no passado, sendo mais uma opção para a população Belo-Horizontina, nos trajetos bairro/centro ou centro/bairro, com vans confortáveis e de qualidade.

Assinatura: Marcela Carolina Oliveira Menezes

TEXTO 2


                  
Cabe mais um aí, motô?

Leandro Cardoso- Transporte Alternativo: Riscos e possibilidades – reflexões sobre o caso de Belo Horizonte; Fevereiro de 2003

Há dois anos, a Praça Sete, no centro da capital mineira, foi palco de um embate violento entre policiais e "perueiros": 31 feridos, 69 prisões e 141 remoções de veículos irregulares. Essa guerra, que marcou o auge da conturbada história dos transportes coletivos em Belo Horizonte, demonstra a fragilidade do sistema de transporte público, principalmente o alternativo, tema da dissertação de mestrado do geógrafo Leandro Cardoso, defendida recentemente.
O sistema de transporte alternativo em Belo Horizonte assumiu grandes proporções na década de 90, quando apareceram as peruas, kombis e vans, que transportavam passageiros de forma irregular, sem qualquer controle do Poder Público. Segundo Leandro Cardoso, isso ocorreu devido à ineficiência do transporte regular. "A ausência de fiscalização, a facilidade de aquisição de vans e o desemprego também contribuíram para a circulação das peruas, sempre com aprovação popular", acrescenta. As vans clandestinas provocaram estragos sobre o sistema regular de transporte: queda de demanda aumento de tarifas e do desemprego formal, elevação dos congestionamentos e acidentes de trânsito. Segundo o levantamento, só no primeiro semestre de 2001, houve uma queda de 11% no número de usuários de ônibus. Em 2000, os ônibus transportavam cerca de 37 milhões de passageiros por mês.

-Regular e marginal

Após o conflito entre os perueiros e as autoridades, em julho de 2001, o transporte clandestino foi proibido por meio de liminar judicial. Nessa época, 267 veículos irregulares foram apreendidos. Dois meses depois, a BHTRANS pôs em prática um novo sistema de transporte alternativo, o Serviço Público de Transporte Coletivo Suplementar de Passageiros do Município de Belo Horizonte (STSP), que abriu licitações para 300 motoristas e seus microônibus.
"Na prática, o STSP serviu apenas para coibir as ações clandestinas; as carências da população não foram resolvidas", critica Leandro Cardoso. Segundo ele, o sistema alternativo ainda é precário, pois a frota de microônibus é insuficiente; os carros andam superlotados, e os motoristas descumprem os horários. Além disso, não há integração entre os transportes convencionais (metrô e ônibus) e o suplementar. Para completar, suas linhas são aleatórias, sem controle ou fiscalização por parte da BHTRANS. "É um sistema regular, mas marginal", completa. Para o geógrafo, uma das soluções para o problema pode estar na implantação de um modelo de transporte executivo, intermediário entre o táxi e o ônibus. É o Sistema de Transporte Executivo de Passageiros (STEP), batizado de Expressinho. Movido a gás natural, o Expressinho poderia contribuir para a diminuição dos índices de poluição, além de evitar congestionamentos do trânsito. O sistema cobraria um pouco mais que o ônibus convencional e atenderia as pessoas que possuem carro, mas que tendem a optar pelo transporte público durante a semana.
-Uma história de conflito

"Onde há transporte público, há conflito". Com essa frase, Leandro Cardoso resume a história do transporte público em Belo Horizonte. Até a década de 50, a capital mineira foi servida pelos bondes. A partir daí, os românticos bondinhos perderam espaço para o primeiro tipo de transporte alternativo, o auto-ônibus, que mais tarde se tornaria majoritário.
Segundo Leandro Cardoso, o auto-ônibus preencheu uma lacuna aberta pelos bondes, cujos itinerários não atendiam aos bairros da periferia. Além disso, a eletricidade e os equipamentos importados encareciam os custos do sistema. "Na época, houve uma tentativa de complementar o transporte público com o trólebus, um ônibus elétrico, mas o sistema enfrentou as mesmas dificuldades dos bondes", completa o geógrafo. Em 1953, os ônibus foram regulamentados, depois de forte pressão dos pequenos empresários e da imprensa mineira.
Na década de 70, o sistema de transporte público "beirava o caos", define Cardoso: a população crescia, e as políticas públicas privilegiavam o transporte individual. "Esse momento coincide com o crescimento da indústria automobilística no país", conta o pesquisador. Nos anos 80, surge a Companhia de Transportes Urbanos da Região Metropolitana de Belo Horizonte (METROBEL), órgão estadual encarregado de planejar o trânsito na Grande BH. A principal ação da empresa foi a criação do sistema bairro-a-bairro, em que os itinerários eram marcados com cores e números.
Por fim, nasce a BHTRANS (Empresa de Transportes e de Trânsito de Belo Horizonte), em 1991. O órgão reestruturou o sistema de transporte coletivo, com a criação do chamado BH Bus, que implantou estações de ônibus em regiões de grande demanda, e estabeleceu canais de comunicação com os usuários de transportes urbanos.


terça-feira, 6 de setembro de 2011

RESENHA REFERENTE AO TEXTO 1


Fonte: Osias Baptista Neto, Consultor em Transporte e Trânsito Matéria publicado no jornal Estado de Minas.

Nesta matéria, fala-se sobre a existência de alguns projetos que se encontram em andamento, para a melhoria do nosso trânsito, especificamente o (VLT) que é um veiculo leve sobre trilhos.
Sabemos que o governo tem projeto, verba e sabe do impacto que irá causar. Mas não faz! Por que será?
Difícil é entender. O governo tem todas as ferramentas possíveis, e a coisa não anda. Nossos governantes poderiam ter um momento de lucidez e aplicar as idéias e recursos já disponíveis para o bem de todos, em vez de só olhar para seus umbigos, ou seja, deixar de ganhar fortunas em licitações fraudulentas e parar de beneficiar empresários que bancam suas campanhas.
Somos inteiramente a favor do (VLT) que aparentemente é viável no aspecto financeiro e ajudará a desafogar esse trânsito caótico em Belo Horizonte.
   
 Assinatura: Leonardo Cunha Campos Bessone